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  • INDSAT

43,4% das pessoas em situação de rua em Piracicaba têm algum problema de saúde

23,7% identificadas pelo Censo da População em Situação de Rua possuem algum tipo de deficiência


Dados obtidos através do “Censo Municipal da População em Situação de Rua em 2021”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), pelo Centro Regional de Registro e Atenção aos Maus Tratos na Infância (CRAMI) e pela INDSAT mostram que, das 198 pessoas em situação de rua em Piracicaba que concordaram em participar da pesquisa, 43,4% apresentam algum problema de saúde e 23,7% possuem algum tipo de deficiência. O estudo, que aborda dados como o tempo em que estão nessa situação e o que motivou tal condição, também traz informações a respeito de renda, alimentação, entre outros.


Além da situação de rua em que se encontram e das diversas dificuldades atreladas à essa condição, cuidados médicos também se tornam necessários, levando esta parcela da população a buscar auxílio em unidades públicas de atendimento. Entretanto, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, apenas cerca de 45% das pessoas em situação de rua estão cadastradas no e-SUS (cadastro eletrônico do Sistema Único da Saúde), cadastro solicitado em algumas unidades para a realização do atendimento. Outro fator relevante em alguns casos é a comprovação de endereço fixo, seja para iniciar o atendimento ou prosseguir com o acompanhamento do caso por meio de unidades próximas à localização.

No levantamento, 52% dos entrevistados disseram buscar ajuda em prontos-socorros, 16,7% em unidades básicas de atendimento, 8,1% não procuram por ajuda e 4% buscam o “Consultório de Rua”, estratégia itinerante da Política Nacional de Atenção Básica instituída em Piracicaba em 2016.



De acordo com a coordenadora do Consultório de Piracicaba e terapeuta ocupacional, Franciele Maria Aparecida dos Santos, os problemas de saúde mais comuns tratados pela iniciativa são hipertensão, doenças sexualmente transmissíveis e tuberculose, além de questões psicológicas, como transtornos mentais. O censo indica ainda que entre aqueles que não procuram resolver os problemas de saúde, 31,3% “não precisam”, 25% “não gostam” e 12,5% “têm medo de injeção”, além de motivos como estar “alcoolizado”, “tomar remédio não pode beber”, “falta de vontade” e “faz medicação por conta”.

Em Piracicaba, a estratégia do Consultório é realizada por uma equipe composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais e motorista, responsáveis por oferecer atendimento terapêutico e de enfermagem às pessoas em situação de rua e o encaminhamento aos demais atendimentos médicos, além do cadastro no SUS e outros procedimentos cadastrais. Franciele ressalta ainda que, na maior parte dos casos, as pessoas que se identificam como portadoras de algum tipo de deficiência referem-se a transtornos mentais, situação em que as profissionais oferecem atendimento e/ou encaminhamento a médicos competentes à condição.


O Censo

Realizado entre os dias 20 de julho e 17 de agosto de 2021, o estudo localizou 234 pessoas em situação de rua, das quais 198 responderam ao questionário completo aplicado pelos educadores sociais do CRAMI. Os dados coletados possibilitaram a compreensão da realidade dessa parcela da população, subsidiando a Assistência Social e demais políticas públicas para avaliação dos serviços e programas oferecidos.

A metodologia do censo foi construída pela equipe de pesquisa formada pela SMADS, CRAMI, SEAS (Serviço de Abordagem Social) e INDSAT (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos), unindo experiência no atendimento às pessoas em situação de rua e especialização em pesquisa e gestão de informações.

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